Caramuru era o apelido de um famoso personagem da história do Brasil, Diogo Álvares Correia (nascido em Viana do Castelo, Portugal, 1475, e falecido em Tatuapara, na Bahia, em 5 de outubro de 1557). Foi um náufrago português que segundo consta, assustou os índios que tentavam aprisioná-lo, com um disparo de seu arcabuz, sendo chamado de “Caramuru” (dentre tantas traduções românticas “deus do trovão”, “homem do trovão“), embora novas pesquisas apontem que o nome Caramuru se referia na verdade uma espécie de agressiva moréia, uma espécie de peixe ósseo, angüiliforme, da família dos murenídeos. Caramuru passou a morar entre os índios, e até casou-se com uma a índia: Paraguaçu. Foi o primeiro português a residir em terras do estado da Bahia, em 1510.
A famosa marca comercial da Caramuru, presente também nos fogos de artifício.
Caramuru é ainda considerado por muitos como o fundador do histórico município baiano de Cachoeira, situado as margens do rio Paraguaçu (e vizinho ao município de São Félix, duas cidades dividas apenas pelo rio, e unidas por uma ponte inglesa de ferro armado, feita a mais de 100 anos).
A marca de comércio CARAMURU foi usada pela F.A.M- Fábrica De Armas Modernas (empresa distinta dos originais fabricantes dos fogos Caramuru, de quem adquiriu o direito de usar a marca e alguns projetos já prontos), que era de propriedade do empresário e designer Miguel Raspa. Atuou nas décadas de 60 e 70, na cidade de Jacareí, interior do estado de São Paulo, produzindo neste período bons revólveres com a armação em aço.
Revólveres no cal. 22 Long Rifle :
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Modelo R1, dotado de cano octogonal de 2,6 polegadas (os canos destas armas tinham 5 raias e eram forjados pela Chapina), com a liberação do tambor feita por um pino situado diretamente no retém do cano, travando a “caneta” do extrator. A capacidade do tambor era de 7 tiros. Revólver R1, em calibre .22LR
Revólver R1, em calibre .22LR
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Modelo R7, basicamente o modelo R1 redesenhado, com empunhadura mais larga, e liberação do tambor efetuada por um botão deslizante, na lateral. Houve mudanças no desenho dos canos, que passaram a ser redondos ao invés do perfil octogonal. Os canos deste modelo tinham comprimentos que iam de 1 até 6 polegadas. Revólver R7, também em calibre .22LR
Revólver R7, também em calibre .22LR
Revólveres no cal. 32 S&W Long :
- Modelo R6, com canos variando de 2 ou 3 polegadas de comprimento, capacidade de 6 tiros.
Armas longas :
- Carabina modelo K1, calibre .22 LR e capacidade de apenas 1 tiro.
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Carabina modelo CLK, calibre .22 LR, estranhamente dotada de alma lisa, e capacidade de 1 tiro.
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Carabina modelo K5, também em calibre .22 LR e com ação de ferrolho tipo Mauser, capacidade de 5 tiros. Os canos desta arma eram feitos em Itajubá, subcontratados pela Imbel.
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Espingardas de caça conhecidas como modelo 62, de 1 tiro, com cão externo, em calibres 28, 32, 36, e 40. Curiosamente estas armas eram sub-contratadas e produzidas pela empresa Fundição LERAP.
- Espingardas de pressão em calibre 4,5 mm.
A empresa fez, também, algumas armas que não passaram de protótipos, tais como o revólver R3 em calibre .38 SPL , bem como uma submetralhadora, baseada no desenho da UZI (de fabricação israelense), em cal. 9mm Parabellum.
Parou de produzir armas de fogo em meados da década de 1970, passando a produzir desde então, peças de automóveis.
bom eu tenho um modelo k5 de ação por ferrolho mais é de carregador de seis cartuchos....excelente armas..
ResponderExcluirTenho até hoje, em perfeito funcionamento, uma carabina de pressão de 4,5mm, da Caramuru. Não disponho dela por nada deste mundp. Meus filhos vão herdá-la.
ResponderExcluirTenho uma carabina de pressão Caramuru, de 4,5mm, e guardo como relíquia, em perfeito funcionamento. Ficará de herança para meus filhos.
ResponderExcluirBoa tarde. Estou me formando em IAT e preciso fazer uma pesquisa do revolver caramuru R6, mas não tenho encontrado muitas informações. Seria possível informar onde poderia encontrar material sobre esta arma.Obrigado.
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